O sistema fiscal angolano passará a adoptar a faturação electrónica a partir de 1 de Janeiro de 2026, confirmou a Administração Geral Tributária (AGT). A instituição garante que o mecanismo permitirá reforçar a transparência das transacções comerciais, acelerar procedimentos e simplificar o relato contabilístico das empresas.

Segundo a Lusa, o presidente do Conselho de Administração da AGT, José Leiria, esclareceu que a obrigatoriedade inicial abrange os grandes contribuintes e os fornecedores do Estado. O período transitório, que decorreu entre Setembro e Dezembro de 2025, não será prorrogado.

“A faturação electrónica teria sido implementada a partir de 22 de Setembro deste ano. Estabelecemos um período transitório até 31 de Dezembro, sendo que a partir de 1 de Janeiro de 2026 a faturação electrónica passa a ser uma realidade em Angola”, afirmou José Leiria durante a abertura do encontro “Faturação Electrónica: Implicações para os Grandes Contribuintes”.

O responsável considerou ainda que esta mudança representa um “virar de paradigma” na relação das empresas com o Estado, fornecedores e clientes. Sublinhou que o centro do processo “não está na AGT, nem no Estado, mas nas empresas”, frisando que o novo modelo tornará as operações mais transparentes e a gestão contabilística mais automática, acessível e clara.

José Leiria destacou igualmente que a adoção da faturação electrónica vai desmaterializar diversos processos, reduzir custos operacionais e contribuir para a melhoria do desempenho das empresas.