De acordo com a Reuters, as vendas de consolas de videojogos já enfrentavam dificuldades devido à turbulência tarifária e à contenção dos gastos dos consumidores. Contudo, um novo factor de risco ganha destaque: o aumento dos preços dos chips de memória, componentes essenciais para dispositivos como a PlayStation, da Sony, a Xbox, da Microsoft, e a Nintendo Switch 2.

A procura por memória dinâmica de acesso aleatório (DRAM) superou a oferta, à medida que o sector tecnológico acelera investimentos na construção de infra-estruturas de inteligência artificial, um cenário que levou os fabricantes de memória a priorizarem chips destinados a centros de dados, que oferecem margens de lucro mais elevadas, reduzindo o fornecimento para dispositivos de consumo.

A Micron, uma das principais fabricantes do sector, anunciou o encerramento da sua histórica marca Crucial, amplamente utilizada por montadores de PCs e entusiastas, sinalizando mudanças estruturais na indústria.

Actualmente, consolas de topo como a Xbox Series X custam cerca de 650 dólares, enquanto a PlayStation 5 Pro ronda os 750 dólares. Custos mais elevados poderão ainda comprometer o lançamento de novos dispositivos, como a Steam Machine, da Valve, prevista para o próximo ano.

Os chips de memória são determinantes para o desempenho dos sistemas de jogos, assegurando tempos de carregamento mais rápidos, maior fluidez das imagens e melhor desempenho geral, características particularmente valorizadas em títulos de grande orçamento.