A entrada em vigor do Digital Markets Act (DMA) tem vindo a transformar o mercado tecnológico europeu, garantindo maior transparência e igualdade de oportunidades entre as plataformas, e um dos sectores onde este impacto é mais notório é o dos browsers, onde a Opera surge como uma das principais beneficiadas.

Segundo a empresa, o seu browser no iPhone é hoje um caso claro de sucesso, e que esse crescimento se deve, quase integralmente, à aplicação das regras do DMA.

Desde há dois anos, quando o regulamento entrou em vigor, a Apple passou a ser obrigada a apresentar um painel de seleção de browser sempre que o Safari é aberto pela primeira vez num iPhone. A obrigatoriedade tem-se revelado uma vantagem decisiva para alternativas como a Opera, que viu a sua base de utilizadores disparar no ecossistema iOS.

De acordo com dados internos citados pela própria empresa, o número de utilizadores activos diários da Opera na Europa, em dispositivos iOS, quase triplicou desde 2023. A companhia destaca um crescimento de 57% no primeiro ano de implementação do DMA e de 88% nos últimos doze meses, terminados em outubro de 2025. Para a empresa, estes números confirmam que o regulamento europeu funciona, ao contrário da postura da Apple, que mantém uma “guerra direta” contra as regras de mercado digital.

A Opera lembra que, há quinze anos, lançou a primeira alternativa ao Safari no iPhone, mas que o crescimento foi limitado durante mais de uma década, e que a oportunidade de reinventar o browser surgiu apenas nos últimos dois anos, num contexto favorável proporcionado pelo DMA.

As regulamentações europeias ganharam um papel determinante ao obrigar tanto a Apple como a Google a apresentar um ecrã de escolha de browser, reforçando a transparência exigida pelos consumidores. Um estudo interno citado pela Opera indica que 80% dos europeus estariam dispostos a experimentar um novo browser — embora a empresa não revele números absolutos de utilizadores.

O impacto deste crescimento reflecte-se também nas finanças da empresa. No último trimestre, a Opera registou uma receita de 152 milhões de dólares, um aumento de 23% face ao período homólogo, incluindo um acréscimo de 17% nas receitas provenientes de pesquisas. A companhia sublinha que o aumento significativo de utilizadores no iOS passou a ser um dos factores mais relevantes para a sua rentabilidade.

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