Richard Frost, chefe de Consultoria da Armata, enfatiza que os criminosos estão utilizando pegadas digitais para rastrear rotinas, identificar fraquezas e perfilar suas vítimas antes de executar os ataques. “As redes sociais se transformaram em um mapa detalhado da vida pessoal, revelando escolas, rotinas de condução e hábitos financeiros. Esse comportamento online está criando uma oportunidade para criminosos se aproveitarem da previsibilidade das vítimas”, afirma Frost.

De acordo com a pesquisa da Iniciativa Global Contra o Crime Organizado Transnacional (GI-TOC), apenas 5% dos sequestros na África do Sul são destinados a resgates ou extorsões de indivíduos de alto patrimônio. Embora pessoas com alto poder aquisitivo (HNWIs) sejam visíveis nas manchetes, a maioria das vítimas são cidadãos de baixa renda, que frequentemente não denunciam os crimes.

Frost alerta que “criminosos estão cada vez mais atentos àqueles que parecem ter dinheiro rápido ou cujos comportamentos digitais indicam que eles podem ser mais suscetíveis à pressão. Infelizmente, as pessoas se expõem ao risco sem perceber.” Ele explica que, por exemplo, postar fotos de filhos com uniformes escolares ou compartilhar localizações de férias pode fornecer informações preciosas para criminosos que buscam identificar pontos fracos nas rotinas diárias das famílias.

A geolocalização, muitas vezes activada por descuido, amplifica ainda mais esse risco. “Uma foto postada com georreferenciação activada pode facilmente revelar onde a pessoa mora ou trabalha, expondo a vítima a um risco imediato”, alerta Frost.

Além disso, plataformas de jogos e espaços comunitários online também estão se tornando novos alvos. Frost observa que “crianças e adolescentes frequentemente revelam detalhes pessoais em chats de jogos, o que permite que criminosos criem relações de confiança com as vítimas, até conseguirem localizá-las fisicamente.”

A solução, segundo Frost, não está no medo, mas na vigilância consciente. “Bloquear os perfis nas redes sociais, desactivar a georreferenciação e evitar postagens que revelem informações sobre escolas e rotinas são passos fundamentais para mitigar o risco”, sugere o especialista. Além disso, ele recomenda que as famílias criem palavras de verificação para garantir que as crianças possam confirmar a identidade de um adulto antes de saírem com ele.

Richard Frost conclui que, embora a realidade dos sequestros seja assustadora, a chave para a segurança reside na protecção das pegadas digitais. “Não é paranoia; é parte da vida moderna e da necessidade de manter nossa segurança em um mundo cada vez mais digital”, finaliza.

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