Falta de patentes compromete soberania da transformação digital de Angola
A ausência de produtos tecnológicos nacionais registados e patenteados na área da segurança da informação ameaça a soberania digital de Angola e limita o posicionamento do país na economia do conhecimento.
Nacional
31, Outubro de 2025

O alerta foi feito esta semana pelo coordenador do selo Feito em Angola, Edmilson Chaves, durante a Conferência Nacional de Segurança e Informática (CNSI 2025), realizada em Luanda.
Em declarações ao Portal de T.I., o responsável sublinhou que a falta de registo formal das criações nacionais impede que Angola se afirme como produtora de tecnologia e inovação. “Estamos a viver a era da informação, em que a riqueza está na criação do intelecto. Se não formos soberanos nesse domínio, estaremos sempre a reboque dos outros”, advertiu.
Segundo Edmilson Chaves, “o que confirma a tecnologia são as patentes”. Nesse sentido, defende que, enquanto o país não possuir patentes nas áreas da segurança da informação, continuidade de negócio, prevenção de riscos e fuga de dados, não se poderá falar em tecnologia de segurança “feita em Angola”.
O coordenador considera que a propriedade intelectual deve ser vista como o verdadeiro alicerce da soberania digital, salientando que sem o registo formal das criações nacionais, Angola continuará numa posição de consumo e não de produção tecnológica.
“Precisamos encarar a inovação como um activo estratégico. Só assim poderemos consolidar a independência digital e económica do país”, referiu.
Durante a conferência, Edmilson Chaves destacou ainda o papel do programa Feito em Angola na valorização da produção nacional e na promoção da identidade económica do país.
Entre as iniciativas recentes, destacou o lançamento da marca Made in Angola, voltada para produtos e serviços com potencial de exportação, e a criação de um mercado de membros, que permitirá às empresas certificadas trocar produtos e serviços entre si.
“O objectivo é reforçar a soberania económica e criar um ecossistema que valorize a produção local”, afirmou, realçando que o selo abrange também os serviços tecnológicos.
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