A SEACOM, pioneira africana em infraestruturas digitais, anunciou o SEACOM 2.0, um sistema avançado de cabos submarinos destinado a revolucionar a conectividade entre a África, o Médio Oriente, o Mediterrâneo e o Sul da Europa. O projecto visa reforçar o papel do continente africano na economia digital e sustentar o crescimento das tecnologias emergentes, como a inteligência artificial e os serviços em nuvem.

Apresentado durante o Submarine Networks World 2025, em Singapura, o novo sistema representa um salto tecnológico estratégico para o continente, expandindo o legado iniciado em 2009, quando a SEACOM lançou o primeiro cabo submarino privado a ligar países do Oceano Índico, reduzindo os custos de conectividade em 300% e impulsionando o ecossistema digital africano.

O SEACOM 2.0 surge num contexto em que a região da Bacia do Oceano Índico, com cerca de 2,9 mil milhões de habitantes em 33 países, se prepara para uma nova era de crescimento tecnológico e económico.

O sistema conta com uma arquitectura de 48 pares de fibras, concebida para suportar grandes volumes de dados e aplicações de inteligência artificial de alta performance, garantindo baixa latência e alta capacidade.

Segundo o CEO da SEACOM, Alpheus Mangale, o SEACOM 2.0 “é mais do que um cabo, é a base de um futuro partilhado orientado pela inteligência artificial”. Mangale adiantou que 90% da fase de planeamento já está concluída e que o lançamento das propostas para construção e estudos marítimos ocorrerá até ao final de 2025. O sistema, com 25 mil quilómetros de extensão e capacidade de 2.000 Tbit/s, deverá entrar em operação entre o final de 2029 e o início de 2030.

A rota do SEACOM 2.0 incluirá uma ligação directa entre a África do Sul e Singapura, com um ramal ocidental que chegará ao Lobito, em Angola. A decisão de incluir o Lobito — integrada no projecto do Corredor do Lobito — reforça o papel de Angola como um centro logístico e digital de referência no continente, ampliando o seu potencial de atracção de investimentos tecnológicos e de integração regional.

O SEACOM 2.0 faz parte de uma nova geração de cabos submarinos de alta capacidade, entre os quais se destacam o Equiano e o Umoja, ambos do Google. Juntos, estes projectos consolidam o posicionamento de África como um dos principais nós de conectividade digital do mundo, promovendo maior inclusão tecnológica, desenvolvimento económico e soberania digital.

Fonte: Portal de TI e Tech Central

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