O progresso da Starship foi travado por um novo revés: a fase superior da Starship perdeu o controlo devido a um vazamento de combustível, o que levou à destruição da nave durante a reentrada na atmosfera terrestre, o terceiro episódio semelhante registado nos testes da empresa.

O booster reutilizável Super Heavy, que estava a ser usado pela segunda vez, também falhou no seu objectivo de aterragem. A tentativa de pouso terminou com o propulsor a afundar-se no Golfo do México, após problemas no sistema de aterragem.

Apesar das falhas, o voo marcou alguns avanços técnicos. Entre eles, o desligamento programado de um dos motores em órbita e a tentativa de reutilização do booster. Contudo, a falha na fase superior e a incapacidade de recuperar o propulsor comprometeram a missão.

Este foi o nono teste da Starship desde Abril de 2023. Os lançamentos realizados em Janeiro e Março deste ano terminaram em explosões, provocando a queda de destroços sobre o mar das Caraíbas e interrupções no tráfego aéreo local.

A missão teve de ser adiada anteriormente, depois de uma investigação da Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA), que alargou as zonas de risco. A autorização para este voo foi concedida apenas após revisão de segurança dos protocolos.

Elon Musk sublinhou a importância da fase de reentrada, por ser essencial para testar os novos escudos térmicos e as abas de controlo. No entanto, o descontrolo da nave comprometeu a recolha de dados essenciais para validar estes sistemas.

A Starship é central nos planos da SpaceX para apoiar a missão Artemis da NASA, que prevê enviar astronautas à Lua em 2027, e para futuras missões a Marte. A empresa espera realizar novos voos em intervalos de três a quatro semanas, com vista ao envio de naves não tripuladas a Marte em 2026, transportando robôs Optimus da Tesla.