Quénia aprova projecto de lei para regular activos digitais como criptomoedas
Os legisladores do Quénia aprovaram um projecto de lei para regular os activos digitais, como as criptomoedas, disse um parlamentar sénior, esta segunda-feira, enquanto procuram impulsionar os investimentos no sector, estabelecendo regras claras para a indústria emergente.
Economia Digital
14, Outubro de 2025

Os legisladores promulgaram o Projecto de Lei dos Provedores de Serviços de Activos Virtuais na semana passada, afirmou Kuria Kimani, presidente do Comité de Finanças da Assembleia Nacional, procurando responder às preocupações com a falta de regulamentações claras para reger o sector.
A medida coloca a nação da África Oriental a um passo de se juntar a outras, como a África do Sul, sendo uma das poucas nações africanas com leis para reger a indústria de activos digitais, acrescentou, indicando que o Presidente William Ruto precisa agora de sancioná-la.
A lei estabelece o Banco Central como a autoridade de licenciamento para a emissão de stablecoins e outros activos virtuais, enquanto o regulador do mercado de capitais licenciará aqueles que pretendam operar exchanges de criptomoedas e outras plataformas de negociação, refere a Reuters.
A medida do Governo surge num momento em que os países se preparam para um boom nas stablecoins lastreadas em dólares norte-americanos, que, conforme advertiram legisladores internacionais, poderão minar as próprias moedas das economias menos desenvolvidas. A clareza jurídica esperada deverá atrair mais investimentos no sector das tecnologias financeiras, incluindo exchanges de criptomoedas como a Binance e a Coinbase, afirmou Kimani, citando conversações anteriores entre essas plataformas e o Governo.
“Esperamos que o Quénia possa ser agora a porta de entrada para a África”, disse ele. “A maioria dos jovens, entre os 18 e os 35 anos, está actualmente a usar activos virtuais para negociar, liquidar pagamentos e como forma de investimento ou de realização de negócios.”
Embora a indústria de activos digitais tenha crescido exponencialmente em todo o mundo na última década, a regulamentação continua a ser uma área de preocupação, à medida que os Governos procuram maneiras de impedir que criminosos tirem proveito do anonimato destes sistemas.
A lei queniana foi inspirada em práticas estabelecidas por outros países, como os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, afirmou Kimani.
O Quénia é reconhecido por ser pioneiro em serviços financeiros baseados em telefonia móvel, com a sua tecnologia M-Pesa — operada pela empresa de telecomunicações Safaricom (SCOM.NR) —, que fornece serviços como transferência de dinheiro, poupança e investimento a dezenas de milhões de pessoas.
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